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15/01/2020Undime

Banco Central quer ensinar finança em escolas públicas e provar que pobre também poupa

O BC (Banco Central) iniciará em 2020 um programa piloto em seis estados, mais o Distrito Federal, para capacitar professores a ensinar educação financeira em sala de aula por meio das disciplinas de português, matemática, história e geografia. O projeto é para estudantes do 1º ao 9º ano da rede pública de ensino. A ideia é fazer as crianças e os jovens lidarem melhor com dinheiro e mostrar que mesmo pessoas de baixa renda conseguem poupar se tiverem disciplina e adquirirem o hábito.

O programa terá o nome de "Aprender Valor" e a ideia do BC é que os alunos aprendam os conceitos necessários para planejar o uso do dinheiro, poupar ativamente e fazer uso consciente de crédito oferecido por bancos e financeiras. A meta é que mil turmas (pelo menos 25 mil alunos) sejam impactadas no piloto. Ao final de 2022, o BC quer educar 22 milhões de alunos.

Para isso. o BC contratou o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) para desenvolver uma plataforma online de capacitação dos professores e diretores. Serão gastos RS 11 milhões, em três anos de projeto, custeados pelo Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça.

Capacitação de professores

Além de planos de aula, vídeos e tutoriais, os educadores aprenderão como ensinar os conceitos de educação financeira nas quatro disciplinas, como usar esses recursos educacionais e terão um módulo sobre gestão de finanças pessoais.

"Para poder ensinar educação financeira é preciso que o professor esteja confortável com a sua vida financeira e tenha esses conhecimentos. Vamos capacitá-los para aplicar o conteúdo em sala de aula", disse Luis Mansur, chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do BC.

O primeiro estado a assinar um acordo de cooperação técnica com o BC foi o Pará. As outras unidades da Federação (Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo) devem formalizar os acordos até fevereiro.

Alunos de baixa renda também podem poupar

Os professores e diretores das escolas devem se capacitar em março e abril para que o conteúdo comece a ser ensinado em sala de aula a partir de maio. A ideia é que em 2021 o programa seja estendido para todos os estados.

Para isso, o BC está em contato com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação e com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação. Além disso, uma avaliação de impacto será realizada para medir a eficiência do programa.

Segundo Mansur, a ideia é que os alunos aprendam a ler uma fatura de cartão de crédito, um extrato bancário e aprendam que é possível poupar, mesmo quem tem baixa renda.

"A gente observa que mesmo em famílias ou indivíduos em que a renda é média ou alta, não há poupança. Essas pessoas adquirem dívidas que não conseguem pagar e se endividam excessivamente. E temos pessoas de baixa renda que conseguem poupar. Isso é fruto de disciplina e planejamento", afirmou o chefe de departamento do BC.

Mansur explicou que os conceitos de poupança devem ser encarados sobre três aspectos. Primeiro, a pessoa deve buscar uma poupança de curto prazo, para emergências. A segunda deve ser de médio prazo, para realizar sonhos de consumo. E uma terceira poupança de longo prazo para complementar a renda da velhice.

Fonte: UOL/ Foto: Getty Images

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