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11/03/2021Undime

Undime apresenta "Pesquisa Volta às Aulas 2021” em coletiva de imprensa

O estudo foi realizado em parceria com  o UNICEF  e o Itaú Social



A Undime se reuniu com jornalistas nesta quarta-feira, 10, para apresentar e esclarecer pontos da pesquisa Volta às Aulas 2021 e sobre o ano letivo de 2020, elaborada pela instituição, em parceria com o Itaú Social e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). 

Participaram do debate, como oradores, o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Luiz Miguel Martins Garcia, Dirigente Municipal de Educação de Sud Mennucci/ SP; juntamente com o vice-presidente, Marcelo Ferreira da Costa, Dirigente Municipal de Educação de Goiânia/ GO; Ítalo Dutra, Chefe de Educação do UNICEF Brasil e Patrícia Mota Guedes, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, que destacaram a importância do levantamento realizado para o entendimento da situação das redes de ensino municipais e para o mapeamento de posteriores ações a serem realizadas. 

Luiz Miguel destacou a dificuldade de conexão dos educadores e estudantes com a internet, um dos principais pontos de atenção que o estudo revela e afirma que essa questão deve ser priorizada. “Com a pesquisa, foi constatado que o maior desafio foi com o acesso de estudantes à internet – 78,6% das redes respondentes identificaram um grau de dificuldade de médio a alto nesse quesito e temos um número de alunos que não foram atingidos pelas ações escolares. Esses, para nós, representam o público prioritário no retorno presencial”, diz.

A respeito da participação do Ministério da Educação (MEC) na garantia e universalidade da oferta de uma educação de qualidade durante a pandemia, o Garcia enfatiza: “O MEC foi acionado pela Undime diversas vezes, por entender que a pasta é de fundamental importância neste processo, pela estrutura que tem e sobretudo pela capacidade econômica. Além disso, em setembro de 2020 a Undime fez uma solicitação formal ao Ministro da Educação, Milton Ribeiro, para que fosse articulado junto ao Ministério da Saúde  a garantia de vacinação da comunidade escolar, como forma de proporcionar segurança aos pais, professores e alunos no retorno às aulas presenciais”. 

Patrícia Mota Guedes, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, frisou que o foco da  pesquisa é o planejamento das redes de ensino para enfrentar os desafios que tendem a aparecer ao longo do ano de 2021, e comentou sobre a importância das famílias como interlocutoras junto aos professores. 

O Chefe de Educação do UNICEF Brasil,  acrescentou que é preciso compreender a situação da pandemia em cada local e que a reabertura das escolas significa o seguimento adequado dos protocolos sanitários, que demanda um planejamento estruturado dos diferentes contextos em que os estados e municípios estejam. “As decisões precisam ser acordadas com as autoridades sanitárias de saúde”, explica.  

“Além disso, independentemente se as escolas estiverem com atividades presenciais, ou não, é preciso ir atrás dos estudantes que efetivamente não tiveram atividades escolares em 2020. Esses estudantes que não conseguiram ser atingidos pelas atividades  - sejam com a distribuição de material físico, ou àquelas mediadas por redes sociais (Whatsapp), como mostra a pesquisa -, é preciso ir atrás para que não aumente ainda mais o número de crianças e adolescentes que estão fora da escola”, alerta.

 

Sobre a pesquisa

Essa é a quarta fase da pesquisa, que teve a sua primeira edição no início da pandemia, em abril de 2020, para entender como as redes municipais de educação à época estavam se organizando com as atividades educacionais. No estudo atual, as respostas foram coletadas entre os dias 29 de janeiro a 21 de fevereiro de 2021 e teve a participação de 3.672 redes, responsáveis por 66,9% do total de municípios do país, o que representa 2 em cada 3 redes municipais de educação.

Para o vice-presidente da Undime, Marcelo Ferreira da Costa, o objetivo destes estudos é criar ações que subsidiem o estabelecimento de políticas públicas que venham a somar no dia-a-dia dos municípios. “As rodadas de pesquisas que a Undime tem feito servem para que cada município consiga olhar para si mesmo e para os outros colegas em todo país. No início percebemos uma insegurança enorme e a necessidade de uma liderança nesse processo. O que a Undime fez foi ocupar esse espaço e fazer com que os municípios pudessem se enxergar. A cada pesquisa fomos vendo que os municípios iam ficando mais seguros e utilizando esses dados para a tomada de decisões”, explica.  

Questionado sobre o posicionamento da Undime em relação ao retorno das aulas de modo presencial, Luiz Miguel declara que a instituição, desde sempre, tem participado de debates a respeito da segurança sanitária nas escolas. “Nós entendemos que, neste momento, não teremos segurança para garantir as aulas presenciais e, por entender que são essenciais, temos defendido a prioridade de vacinação aos profissionais de educação”, conclui Garcia.

 

Acesse o relatório final da pesquisa.



Fonte: Undime


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