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11/09/2020Undime

Covid-19: gestores pedem que professores e estudantes sejam incluídos no público que terá prioridade para ser vacinado

Uma pesquisa feita pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) com 4.272 redes mostra que 89% ainda não têm previsão de retorno às aulas presenciais, suspensas no Brasil desde março devido à pandemia do novo coronavírus. O número de municípios ouvidos no levantamento representa 77% das redes municipais do país, abrangendo 16,2 milhões de estudantes.

De acordo com o presidente da Undime, Luiz Miguel Garcia, apesar do alto número de redes sem previsão de retorno, ainda não é possível cravar que as aulas presenciais na maioria das cidades só voltarão no ano que vem.

— Quando tem uma rede estadual voltando muitas ações são desenvolvidas conjuntamente e, dando certo, pode haver um impulso no número de redes municipais que, em parceria, possam antecipar seu processo — acredita Garcia. — Temos regiões do país com temor do retorno da doença, sobretudo no interior. Além disso, estamos em pleno processo eleitoral nos municípios e qualquer medida pode gerar instabilidade muito grande. Os municípios precisam aguardar ter mais segurança. Não vamos colocar em risco a vida das crianças e das famílias dos funcionários.

A Undime encaminhou um pedido ao Ministério da Educação (MEC) para que profissionais da área e estudantes sejam incluídos no público prioritário para ser imunizado, quando houver uma vacina aprovada contra a Covid-19. Secretários reclamam ainda da falta de recursos para conduzir a reabertura das escolas.

— Tivemos um recurso muito pequeno do Ministério da Saúde. No caso do recurso geral repassado aos municípios, como não tem o carimbo para a Educação, há uma dificuldade em repassá-lo. A Undime tem integrado essa ação (de construção de protocolos), feito esse diálogo e dado voz a essas demandas. A ação poderia ser mais articulada com participação mais efetiva do MEC — pede Garcia.

A pesquisa revela ainda que 60% das redes municipais analisadas sequer iniciaram seus protocolos para o retorno às aulas. Gestores de parte delas alegam que seguirão o que for proposto pelo governo do estado. Somente 266 redes das 4.272 que participaram do levantamento já têm suas diretrizes totalmente traçadas.

O resultado indica que os municípios menores estão tendo mais dificuldade para elaborar estes protocolos. Enquanto 70% das redes de cidades com até 10 mil habitantes ainda não traçaram suas estratégias para o retorno, 76% daquelas com mais de 100 mil habitantes já iniciaram ou concluíram seus protocolos.

Questionadas sobre o que irão considerar nos protocolos próprios, a maior parte das redes respondeu que aspectos sanitários serão os principais pontos abordados. Em seguida, aparecem questões de saúde, aspectos pedagógicos, a segurança da comunidade escolar e, por fim, questões orçamentárias.

Das redes analisadas pela pesquisa, 96% estão oferecendo ensino remoto aos alunos. Apenas 158 redes não estão oferecendo atividades não presenciais. A principal estratégia utilizada pelas redes é a disponibilização de materiais impressos. Cerca de 95% utilizam essa ferramenta como uma das maneiras de fornecer conteúdo à distância para os estudantes. A segunda forma mais adotada pelos municípios para fornecer conteúdo aos estudantes é a disponibilização de videoaulas gravadas, utilizadas por 80% das redes. “Isso mostra como as redes têm se adaptado aos desafios de conectividade das famílias”, diz a pesquisa. O levantamento indica ainda que 460 redes utilizam apenas estratégias offline para fornecer ensino remoto. Já 219 delas usam somente ferramentas online.

A pesquisa foi realizada pela Undime em parceira com o Itaú Social e com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O levantamento foi feito por meio de um questionário online entre os dias 7 e 18 de agosto.

Fonte: Extra/ Foto: Pablo Jacob, Agência O Globo

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